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Comício e arruada na Moita

Cabeça de lista do PSD prometeu que os contribuintes não pagariam nada...

Joana Mortágua lembrou depois que a cabeça de lista do PSD por Setúbal (Maria Luís Albuquerque, atual ministra das Finanças) prometeu que os contribuintes não pagariam nada da crise do BES, o que é uma mentira. Na verdade, salientou a candidata bloquista, o governo “piegas” emprestou à banca 3.900 milhões de euros, o fundo de resolução dos bancos usou mil milhões, mas... “a parte de leão foi do banco público – a Caixa Geral de Depósitos”.

A cabeça de lista denunciou então as “facilidades” para com o Novo Banco e a banca, considerando a política do governo um “aventureirismo” e um “subsídio total aos mercados financeiros”.

“Nem PS nem PSD têm caminho alternativo à destruição do país”, acusou Joana Mortágua, salientando que o PS é “incapaz” de enfrentar os poderes e “tem sempre medo de ir à Europa e levar com a porta na cara”.

Joana Mortágua falou sobre a saúde no distrito, salientando que há 200 mil pessoas sem médico de família, o Hospital Garcia da Orta que foi construído para cobertura a 150 mil pessoas e abrange 400 mil e o concelho do Seixal não tem serviço de saúde depois das 20h.

Salientando que o pagamento da “dívida 'impagável' e o tratado orçamental representam 16 mil milhões só em 2016”, Joana Mortágua afirmou: “Nenhum dos partidos que chamou a troika vai acabar com a austeridade. Quem trouxe a troika não vai acabar com a austeridade!”

Sem sepultar o Tratado Orçamental não há alteração política em Portugal”

Luís Fazenda, na sua intervenção, considerou que esta campanha eleitoral é muito difícil e salientou que “o mais importante é multiplicar energia”.

O deputado do Bloco denunciou que tanto PSD, como PS prometem alívio na austeridade, mas “vai ser o contrário”, alertando que “preparam-se despedimentos coletivos grandes depois de 5 de outubro” e que vão haver mais cortes, por imposição do Tratado Orçamental.

“A austeridade não está a bater em retirada. A troika está cá chama-se Tratado Orçamental”, afirmou Luís Fazenda, sublinhando que “sem sepultar o Tratado Orçamental não há alteração política em Portugal”.

Luís Fazenda lembrou que o Bloco propôs “referendo ao Tratado Orçamental”, chumbado na Assembleia da República por PSD, CDS e PS e afirmou que o referendo será muito importante, por ser “um caminho para fazer irromper o povo na política”.

Campanha de mentiras

Fernando Rosas referiu as dificuldades da campanha e salientou que PSD e CDS seguem uma política assente na mentira.

A primeira mentira é a ideia de que eles seriam a “salvação nacional”, querendo fazer crer que “a austeridade é uma maldição que eles não queriam”. “Mentira. A austeridade é a política deste governo”, afirmou Fernando Rosas.

Uma segunda mentira é o da “recuperação da economia”, salientou Fernando Rosas, lembrando que “o governo agravou a dívida em 50 mil milhões”.

“Aceitando o diktat da União Europeia nem em 20 anos saímos da austeridade” afirmou Fernando Rosas, apontando que “é preciso reestruturar a dívida” e “desobedecer à Europa”.

“Nesta União Europeia não há espaço para a alternativa”, concluiu Fernando Rosas.

António Chora começou por apontar que “estamos num concelho em que a percentagem é das maiores”, defendeu que é preciso “restituir aos trabalhadores tudo o que nos foi roubado nestes quatro anos” e apontou que “o Bloco não passa cheques em branco a quem quer que seja para depois governar à direita”.