Em reunião com a direcção do Centro de Formação Profissional de Setúbal, os candidatos e candidatas do Bloco de Esquerda procuraram conhecer melhor a oferta formativa do centro, a sua adequação às necessidades do mercado de trabalho no distrito e a taxa de integração profissional dos formandos.
A taxa oficial de desemprego em Portugal (13,2% em Maio de 2015) é continuamente deflacionada por via de mecanismos de ocupação dos desempregados em cursos ou acções de formação profissional, Contratos de Emprego e Inserção (CEI) ou ainda estágios profissionais. É assim que o Governo PSD-CDS escamoteia despudoradamente a real dimensão do desemprego em Portugal.
O Portugal precário é denunciado pela realidade: 9 em cada 10 postos de trabalho criados são precários e 6 em cada 9 são estágios financiados pelo Estado. Apenas 3 em cada 10 estagiários são integrados profissionalmente. Os estágios servem portanto para subsidiar empresas com dinheiro público. O Estado continua a ser o maior empregador de precários, diretamente responsável por cerca de 160 mil empregos precários. O Governo dá o exemplo.
O distrito de Setúbal é particularmente afetado pelo desemprego. O desemprego jovem, desempregados com mais de 55 anos e desempregados de longa duração compoẽm o tecido dos agregados familiares do distrito. As perguntas de Joana Mortágua, candidata do Bloco de Esquerda por Setúbal, sobre a taxa de empregabilidade dos formandos do Centro de Formação Profissional de Setúbal ficaram sem resposta o que revela o desconforto que os números reais provocam.
Para o Bloco de Esquerda combater a crise é criar emprego com contratos estáveis e salários dignos.