a pobreza e o isolamento?
Protecção social, claro!
O Bloco defende:
É da mais elementar justiça exigir a reposição
das pensões. Pensões que foram roubadas através
da imposição da CES e que continuam a sê-lo através
da sobretaxa do IRS, das alterações das taxas
e dos escalões do IRS e de outras contribuições e
custos que são encobertos graças ao expediente
dos duodécimos do 13º mês. O que está errado
não é exigir a reposição daquilo a que os pensionistas
e reformados têm direito; o que está errado
é o roubo descarado que o Governo levou a cabo,
a pretexto de pagar a credores insaciáveis as dívidas
para as quais nada contribuímos. É por demais
evidente que a cura de Portugal não se conseguirá
a troco do empobrecimento. Num tempo de grande
carência, este ataque às pensões e reformas
estende-se também às famílias, pondo em causa
o apoio que muitos pensionistas e reformados dão
aos seus núcleos familiares.
Os pensionistas e reformados têm o direito indiscutível
a uma velhice segura e tranquila. Considerar
todas estas pessoas como um fardo, tratálas
como descartáveis ofende a sua dignidade e é
insustentável. O trabalho é um direito que cria o
direito à reforma.
Os pensionistas, os reformados, os idosos, os
desempregados são pessoas, não são peças de
xadrez.
Está para além do tolerável saber que uma reforma
não chega para pôr comida na mesa; que uma
pensão não é suficiente para ir ao hospital; que não
existe uma garantia de habitação; que a solidão e
o frio são companheiros sempre presentes. Não se
pode aceitar o abandono dos idosos. Em Portugal,
o Estado deve ter obrigação de tomar todas as medidas
estruturais para pôr cobro às situações de
pobreza.